São Luiz do Maranhão

 

Selecionados a tocar no grito rock São Luis 2012. Partimos rumo ao maranhão a banda e nossa produtora Wal Melo, primeira parada, Belém pois nosso vôo seria as cinco e quarenta da madrugada, Chegamos a São Luis por volta das sete da manhã, André Grolli. 

O guru e profeta da cena local nos recebeu no aeroporto, levando nossas malas e equipamento para o apartamento dele e nos deixando logo depois no centro histórico de São Luis. A primeira impressão não poderia ser melhor (já que do grupo, somente a Wal já tinha viajado outras vezes a São Luis) a cidade dispensa comentários e apresentações, é maravilhosamente bela. O tempo passou rapidinho depois de tantas fotos e um longo passeio pelas ruas do centro histórico; já era hora do almoço, André veio nos apanhar e atravessando a ponte José Sarney estávamos na parte nova da cidade. 

Ele nos levou a um magnífico restaurante chamado Maracangalha, o almoço foi de primeira, ficamos impressionados com a recepção. O tratamento era de estrelas. Depois de mais fotos muita conversa com o nosso anfitrião fomos pro hotel “Sop Way” um hotel bem bacana também, depois de uma descansada, mais passeio e um jantar no mesmo restaurante fomos levados por Sergio Henrique baixista da velttenz, para o local de nossa apresentação. eu fiquei simplesmente chocado com a beleza do local, o bar ficava num antigo casarão quase em ruínas na rua da palma , uma espécie de rua Augusta no centro histórico do maranhão, vizinho de outros bares, boate gays, casa de reggae...

o Odeon Sabor & Arte , foi de longe o melhor local onde os destruidores já se apresentaram pelo Brasil. Não daria pra descrever o espaço, a sensação é única, você tem que visitar o espaço pra sentir o que eu senti ali; uma colagem dadaísta de infindáveis ícones culturais se amontoando em um espaço originalíssimo.

Eu poderia falar das bandas e dos shows, mas não conseguiria ser fiel as apresentações que eu vi lá entre os intervalos de partidas de sinuca. Prefiro falar da cena da cidade e das impressões que ela me causou. As bandas os artistas estão muito além da cena paraense; excelentes músicos, bandas originais e geniais, grandes compositores, eu me senti em uma outra dimensão, uma realidade paralela que eu nem sonhava existir. 

Tudo isso fervendo e me embriagando numa viagem sensorial que me nocauteou com toda a sua intensidade, mesmo de volta ao quarto do hotel tentando dormir aquela festa não parava de ecoar na minha cabeça. Depois do meio dia de sábado deixamos o hotel e fomos para a casa do André, lá foram horas de conversas e discutições sobre arte, axé e Bob Dylan. Na noite de sábado, Wal e Bruno tiveram que voltar ao Pará, mas o resto da banda continuou no apartamento de André Grolli, para mais experiências fantásticas, um grupo de amigos vieram visitar Grolli, e entre eles o compositor e cantor Fillipe Veras da banda Nova Bossa, que nos presenteou com um show ao violão exclusivo, destilando todo o seu lirismo, em belíssimas canções. Enquanto isso a segunda noite do grito rock São Luis 2012, corria noite a fora no odeon. Andre e Messias seguiram pra lá, tanta informação assim me deixou exausto simplesmente desmaiei, Alex também ficou, pois estava meio bronqueado.

A experiência vivida em São Luis, tanto quanto o contato com os artistas de lá, me deixaram desanimado com a cena paraense, minha vontade era me mudar pra lá, pra pelo menos acompanhar de perto o desenrolar de uma história que promete muito; tocar e passar esses dias em São Luis foi uma das experiências mais profundas que eu já vivenciei Destruidores de Tóquio, precisava muito de algo assim. No domingo Andre nos levou com ele pra uma tradicional partida de futebol na praia com os amigos, era o que nós precisávamos pra entender, relembrar e organizar na mente todas as sensações impares vividas naquela cidade, e não estou exagerando em nada.

Nazo Glins


Em breve postaremos mais fotos do evento!