Invasão Caipira Pirabas




Bom, amigos sou Yarithsa Smirnoff, atriz, traveco, artista plástico e repórter nas horas vagas, aceitei o convite dos meninos da “DDT”, para cobrir a terceira edição da Invasão Caipira, que seria em Pirabas, eu poderia escrever qualquer coisa que me viesse a cabeça, mas teria que ficar invisível, nada de chamar a atenção. O que foi o “ó do borogodó”, pois fui cobrir o evento vestida de “bofe”, mas tudo bem. O Projeto Invasão Caipira dispensa apresentações, já que meu texto seria publicado no blog dos Destruidores.
Desembarquei em Pirabas por volta das 17:00 horas, fui informada que os meninos estavam no centro cultural “Maria Pagé”, passando o som. Fui pra casa da minha amiga Lohana, tomar um banho dormir um pouco (eu ainda estava pregada da noite anterior), acordei com Lohana me avisando que o babado na orla já havia começado, saímos correndo, ao chegar lá a primeira surpresa, o “Maria Pagé” estava entupido de gente e o trapiche estava enfeitado de povo de toda idade, cor  e orientação sexual um espetáculo, e eu poderia caçar um pouco após o trabalho.

Ao entrar no centro cultural outra surpresa, os Destruidores agora eram quatro, haviam recrutado Bruno Aleixo, o roadie de 15 aninhos, para o violão, a banda agora estava mais bizarra do que nunca. Eu adoro ver a “DDT” em ação, Nazo parece estar sempre chateado com alguma coisa, e a qualquer momento ele vai destruir sua Danelectro e sair do palco, mas isso nunca acontece e acaba gerando certa tensão no show dos caras.

A banda se apresenta cada vez mais caipira com roupas cafonissímas, dessa vez estavam com camisas xadrez compradas na feira. guitarras limpas e sujas ao mesmo tempo, despojamentos melódicos e desglamurização total foram a marca desse show, que eu amei, “DDT” é uma banda CULT.
 
Detalhe, Bruno o garotinho do violão é a cara do Jeff Mangum do Neutral Milk Hotel. .
 ( ESSA FOTO DE BRUNO EU ROUBEI DO ORKUT DO MENINO).
Após a experiência fantástica de assistir os Destruidores, eu quase atingi um orgasmo com o show seguinte, o StereoScope é uma banda fantástica, desajeitados, simples, despretensiosos e o melhor desfilam em sua apresentação uma pá de canções pop perfeitas, então eu me perguntei o que essa banda faz aqui? 
Será que esse povo se dá conta de que este sábado vai ficar para a história deste Município? Ou eles acham que é muito fácil ver tantos momentos de pura inspiração pop numa única noite? Um belíssimo show em minha opinião. 
Meu lado “fashion” não poderia deixar de destacar a elegância da banda com suas “T SHIRTS” descoladíssimas, um luxo.
Já a apresentação do paralelo 11, me causou duas impressões iniciais: primeiro eu achei que os meninos haviam acabado de se conhecer, pois apresentaram looks bastante distintos entre si, e a outra impressão é que estavam atirando para todos os lados, pois cada canção da banda aponta pra uma direção diferente, como se não fossem compostas pela mesma banda, mas ouvindo com atenção a banda notei que apesar da pouca experiência na estrada rock, a banda pode na diversidade criar o seu estilo próprio. Adorei a apresentação, e acho que o paralelo 11 promete.
  
 No quesito “freak”, ninguém toma o lugar do guitarrista do paralelo 11.
Bem foi uma pena eu ter perdido a apresentação dos grupos de carimbó autoral locais, pois segundo alguns amigos eles fizeram uma festa aparte. Já os artistas “cover”, sem querer ser abusada demais, mas vou opinar, eles só servem para empobrecer o Projeto de vocês meninos, além de um locutor chato que apareceu nessa edição do Invasão, enchendo o saco, o sujeito apresentava as atrações como se tivesse narrando uma vaquejada, caipira demais pro meu gosto. 
Bom, se vocês estão lendo esse “post”, é porque os meninos da “DDT” decidiram publicar o meu texto, então beijos e até a próxima.
(YARITHSA SMIRNOFF)
 

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